Por Inara Fonseca
Professora Karla Bessa (vice-coordenadora do INCT Caleidoscópio/Unicamp) e Silvia Ferreira (coordenadora Incubadora Social Feminista Antirracista Norte-Nordeste e Amazônia Legal/UFBA) durante participação na REDOR
As professoras e pesquisadoras Karla Bessa (vice-coordenadora do INCT Caleidoscópio/Unicamp) e Silvia Ferreira (coordenadora da Incubadora Social Feminista Antirracista Norte-Nordeste e Amazônia Legal/UFBA) estiveram presentes no 22º Congresso da Rede Feminista Norte e Nordeste de Estudos e Pesquisas sobre Mulher e Relações de Gênero (REDOR), que ocorreu entre os dias 06 à 08 de novembro de 2024, em São Luiz, Maranhão. Com a temática “Gênero, Feminismos e Contracolonidade: diálogos com mulheres na ciência e as desigualdades regionais”, o encontro teve como objetivo difundir conhecimentos, promover trocas e reflexões conceituais, e dar visibilidade à produção Norte-Nordeste nos estudos de gênero.
“A professora Silvia, do NEIM/UFBA, é uma das pessoas que está na REDOR praticamente desde sua fundação. Ela e eu fomos convidadas para participarmos da REDOR apresentando nossas atividades e pesquisas relacionadas ao INCT Caleidoscópio. Apresentei algumas reflexoes, que relacionam o Censo da Educação Superior de 2023 com dados do Painel Lattes de Formação e Atuação, com foco no Norte e Nordeste, para pensarmos sobre os avanços e, ao mesmo tempo, os desafios atuais para construção e consolidação da equidade de gênero e étnico-racial fomentando a diversidade e inclusão nas instituições de ensino superior brasileiras, numa perspectiva contra e decolonial feminista”, explicou Karla Bessa.
A professora Sílvia Ferreira participou da mesa redonda "Mulheres Quilombolas nas Ciências: trajetórias, impasses e reexistência", já a professora Karla Bessa participou da "Gênero e Contracolonialidades: desafios e conquistas das mulheres nas ciências."
A Rede Feminista Norte e Nordeste de Estudos e Pesquisas sobre Mulher e Relações de Gênero (REDOR), fundada em 1992, é a primeira rede de estudos de gênero do país. Desde seu surgimento, constitui-se como um importante coletivo acadêmico, com o propósito de unir, articular e desenvolver estudos na intersecção do gênero, da mulher e das relações sociais nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Ao longo de três décadas, a REDOR promoveu 21 congressos, fomentou a criação de 35 núcleos e grupos de pesquisa e estimulou a produção teórico-metodológica com a publicação de anais e livros.
De acordo com a professora Bessa, as aproximações entre INCT Caleidoscópio, REDOR e Rede Caleidoscópio visam fortalecer o campo de Estudos de Gênero, Mulheres e Sexualidade no país, em uma perspectiva interseccional, e promover cada vez mais a troca de pesquisas, metodologias e questões de modo inter-regional e intergeracional. “Esperamos criar importantes canais de diálogo com o MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação) e com o MEC (Ministério da Educação), no sentido de ampliação do debate sobre desigualdades e iniquidades de gênero e seus impactos na ciência brasileira”, conclui Bessa.