INCT Caleidoscópio participa da Conferência sobre mulheres e meninas na Ciência, em Florianópolis
No último dia 25 de março, as pesquisadoras Joana Maria Pedro e Morgani Guzzo representaram o INCT Caleidoscópio durante a Conferência "Livre Mulheres e Meninas nas Ciências", realizada na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) e organizada pela Sociedade Brasileira pelo Progresso da Ciência (SBPC) regional de Santa Catarina. meninas e mulheres nas diferentes áreas do conhecimento e sugerir demandas
A atividade, que é preparatória para a 5ª Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia e Inovação (CNCTI), que vai acontecer em junho, em Brasília, teve como objetivo apresentar diferentes iniciativas desenvolvidas em Santa Catarina que visem ampliar a presença de regionais a serem tratadas na conferência em Brasília.
Estiveram presentes docentes e pesquisadoras de universidades como a UFSC (Florianópolis, Araranguá, Joinville), a UDESC (Florianópolis, Joinville), a Uniplac (Lages) e representantes de diferentes projetos e grupos de pesquisa comprometidos com estudos de gênero e com a formação de jovens cientistas. Entre as palestrantes, Joana Maria Pedro e Morgani Guzzo apresentaram o que é o INCT Caleidoscópio e os trabalhos realizados até o momento pelo Observatório Sul-Sudeste, que tem na coordenação pesquisadoras da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e da Universidade de Campinas (Unicamp).
Joana Maria Pedro, é professora aposentada do Departamento de História da UFSC, e uma das coordenadoras do Observatório Sul-Sudeste; já Morgani Guzzo é jornalista e realiza seu estágio pós-doutoral junto ao INCT Caleidoscópio e o Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas (PPGICH/UFSC). Ambas são pesquisadoras do Laboratório de Estudos de Gênero e História (LEGH).
"O INCT é um edital do CNPQ que visa estimular a criação de redes de pesquisadoras e o desenvolvimento de tecnologias sociais e comunicação em Ciência e Tecnologia. O projeto do INCT Caleidoscópio partiu das discussões realizadas pela Rede Nacional de Estudos e Pesquisas Feministas, Transfeministas, Antirracistas, Interdisciplinares e Decoloniais, que chamamos de Rede Caleidoscópio", explicou Joana Maria Pedro no evento. "O intuito é compreender e enfrentar as desigualdades, violências e iniquidades de gênero e suas interseccionalidades nos ambientes universitários e nos espaços da Ciência como um todo.", completou.
Apresentando parte de sua pesquisa como pós-doutoranda junto ao INCT Caleidoscópio, Morgani ressaltou que, para além da necessidade de políticas de permanência nas universidades, é preciso que sejam criados e monitorados mecanismos e ações de enfrentamento às violências. "Sabemos que existem diversas políticas públicas de acesso à universidade, porém queremos garantir que essas políticas sejam também de permanência, pois a violência, que afeta em maioria as mulheres, é uma das questões que as levam a não continuar nas universidades".
As pesquisadoras também apresentaram um breve diagnóstico do que foi possível levantar na pesquisa em andamento e algumas recomendações para serem levadas para a 5ª CNCTI.
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Da esquerda para a direita: Alexandra Alencar (Ebó Epistêmico/UFSC), Tatiana Renata Garcia (Meninas na Tecnologia/UFSC Joinville),
Maria Elisa Máximo (SBPC/SC), Geovana Lunardi Mendes (Udesc), Joana Maria Pedro (INCT Caleidoscípio/UFSC), Janine Gomes da Silva (IEG/UFSC) e Morgani Guzzo (INCT Caleidoscópio/UFSC). Créditos: Jéssica Michels.
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Além do INCT Caleidoscópio, a Conferência Livre contou com representações de importantes entidades e instituições, como o Instituto de Estudos de Gênero, Cátedra Antonieta de Barros, Ebó Epistêmico e os projetos Meninas na Ciência e Meninas na Tecnologia, referências no trabalho pela equidade de gênero, raça, classe, entre outros marcadores sociais, que é parte dos eixos principais da Conferência Nacional.
A Conferência Livre teve apoio da UFSC, do mandato da Dep. Estadual Luciane Carminatti, da SBPC e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação/Governo Federal. |